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Dra. Livia Sgobbi discute, no Café com Ciência, a fabricação e aplicação de sensores biomiméticos

A pesquisadora do IQ-UFG, Dra. Livia Sgobbi (currículo Lattes), discute no "Café com Ciência" a fabricação e aplicação de sensores biomiméticos. O título de sua palestra é "Sensores biomiméticos: avanços e desafios" e acontecerá na quarta-feira, dia 12/09/2018, no Anfiteatro I do IF-UFG.

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Sensores biomiméticos: avanços e desafios   
Palestrante: Prof. Dra. Livia Sgobbi
Afiliação: Instituto de Química da UFG
Data: 12/09/2018 (quarta-feira)
Horário: 12h45
Local: Anfiteatro I do IF/UFG.

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Resumo

O termo “Química biomimética” foi usado pela primeira vez em 1972 pelo químico orgânico Ronald Breslow para descrever a química que é inspirada por processos biológicos. Esta área abrange uma ampla gama de tópicos que incluem a síntese e o estudo de enzimas artificiais. Modelos biomiméticos têm sido ativamente investigados como alternativas potencialmente viáveis às enzimas naturais. Embora as enzimas sejam capazes de acelerar significativamente reações químicas com excelente seletividade, suas vulnerabilidades intrínsecas, como estabilidade térmica insuficiente, baixa tolerância às condições experimentais (pH e força iônica), e alto custo de preparação e purificação, dificultam severamente sua aplicação generalizada. Estas desvantagens também afetam a capacidade catalítica das enzimas, permitindo que sejam eficazes principalmente em meios aquosos neutros e em temperatura amenas. A aplicação de materiais biomiméticos em biossensores (ópticos e eletroquímicos) vem se destacando ao longo dos anos, uma vez que oferecem a possibilidade de superar tais limitações. Tais espécies podem ser produzidas em grande escala por rotas sintéticas, permitem  a obtenção de estruturas ajustáveis, utilização em fase não aquosa, ampla faixa de pH e temperatura; conferindo estabilidade superior. Para mimetizar enzimas, os pesquisadores têm buscado características enzimáticas que facilitam a catálise, incluindo altas afinidades de ligação enzima-substrato, e aceleração substancial da velocidade em relação às reações não catalisadas. Muitas vezes o foco consiste na reprodução do sítio ativo; na imitação das funções da enzima; e na possibilidade de interações não-covalentes. Diversos materiais podem ser utilizados para obtenção de enzimas biomiméticas, como polímeros orgânicos, macrociclos, dendrímeros, nanopartículas, e ciclodextrina. Entre as enzimas mimetizadas utilizadas em biossensores estão a peroxidase, catalase, acetilcolinesterase, fosfatase alcalina, entre outras. Os avanços e desafios na área de biossensores miméticos serão abordados, bem como as etapas necessárias para se avaliar o desempenho de um possível candidato à enzima artificial.